Estilos Inusitados





Jovens no estilo Lolita

 

 

 

 

 O motivo que levou o ser humano a vestir-se, inicialmente foi a necessidade de proteção térmica, mas vivendo em comunidade não demorou muito para que o individuo sentisse a necessidade de distinguir-se dos demais ao mesmo tempo que era necessário seguir as regras do grupo a qual pertencia, até para poder ser aceito por ele. Hoje o que leva o ser humano a vestir-se vai além da proteção térmica, da distinção  e do pudor, a estética, o status, a necessidade física de atração também... porque não e difícil ler as entrelinhas de uma blusa transparente não e mesmo?

 

O vestuário moderno chega ser intrigante e acabo me perguntando o que pode levar o povo japonês a vestir-se com tanta ousadia, e só encontrei uma resposta plausível: talvez a grande semelhança física resultasse numa grande necessidade de diferenciar-se dos demais...

Passeando em Harajuku um bairro de Tóquio, que desde a década de 90 se tornou um ponto de encontro de jovens e artistas  fiquei surpresa com o que encontrei , e quero compartilhar os estilos mais inusitados.



Estilo Decora

Meninas posam pra foto em Harajuku-Tóquio

Jovens no estilo Decora
fotografadas em Harajuku

O nome Decora faz  jus a palavra que lhe deu origem Decoration, porque o conceito desse estilo e customizar o look como quem decora um ambiente pra festa!

Presilhas, ursinhos de pelúcia, meias coloridas, estampas de frutas e bichinhos, tudo em excesso mas o resultado final é incrivelmente fofo! E aí, alguém se atreve?

Estilo Lolita

É impossível falar desse estilo sem fazer uma breve menção a Era Vitoriana, período de reinado da Rainha Vitoria no Reino Unido. Nessa época houve um grande desenvolvimento industrial, sobretudo da indústria têxtil e junto com a indústria do vestuário somava 40% da mão-de-obra industrial, com tanto crescimento nessa área talvez isso explique a fartura de tecidos usados em trajes da aristocracia e das classes mais abastadas.

Os valores da época vitoriana são considerados puritanos devido ao moralismo extremo. Dentro do estilo Lolita há vários sub estilos mas com alguma exceção, todos evidenciam essa preocupação em parecer ingênua, quase infantil.







Traje do período vitoriano.
 

Notem a semelhança de um vestido usado na era vitoriana e os vestidos usados pelas garotas em Tóquio: os babados, as saias volumosas, decotes discretos e a inquestionável elegância.







 



 



Customização: uma alternativa barata.

A customização de roupas é uma alternativa ecologicamente correta, criativa e barata para renovar seu guarda-roupa. Então separei algumas sugestões interessantes.
Em primeiro lugar abra seu guarda-roupa e separe todas as peças que você não usa mais e siga as dicas.


Muitas peças deixamos de usar simplesmente porque descosturou em algum ponto, o zíper emperrou ou porque falta botão. Mas pequenos ajustes valem a pena. Se a reforma for muito grande do tipo que vai mexer na peça toda, pode até valer a pena se o tecido for durável, ou se a peça te custou caro, do contrário melhor doar.

Bermuda jeans com aplicação de renda.

Blusa com aplicação de miçangas na manga.

O segundo passo é separar as peças que você gosta e está enjoada de usar. Você pode fazer  aplicação de renda, um bordado de miçangas, pintar, aplicar detalhes com tecido diferentes. As alternativas são muitas e se você não sabe direito como fazer, na internet há vários vídeos explicando passo a passo.

 

Tomara-que-caia com apliques de renda

Agora vamos ao último passo, dar um jeito nas peças que você não usa porque não gosta. Se o motivo for a cor, opte por aplicar uma renda de outra cor como no caso desse vestido branco.

Calça transformada em saia.

Talvez você não goste do modelo, nesse caso algumas peças podem ser facilmente transformadas em outras: calças podem ser transformadas em shorts, bermudas ou saias!

Calca transformada em bolsa.

Vestidos podem virar saias, e se a saia for comprida pode muito bem se transformar em um vestido! Roupas viram aventais, bandanas, faixas para os cabelos e até bolsa como mostra a figura ao lado.

Invente, tente, busque idéias na internet ou a opinião de um profissional e renove seu guarda roupa com peças exclusivas sem gastar quase nada.





Trajes típicos na moda.

Hanbok é o traje típico da Coréia

Os trajes típicos, também conhecidos como  trajes nacionais são uma forma de expressar a identidade de uma nação através das roupas. Podem indicar  a região geográfica como as túnicas e turbantes usadas hoje em países árabes que proporcionam um conforto térmico e ajudam a suportar os dias quentes e as  baixas temperaturas da noite no deserto. 

Hanbok masculino

Hanbok é o traje típico coreano, criado para promover o conforto térmico e  facilitar atividades nômades e de caça. O corforto físico proporcionado pelo hanbok, era muito apreciado pelos cavaleiros.


Os trajes típicos também sinalizam informações sobre hábitos e costumes locais, mas também podem indicar posição social, situação conjugal e ainda o grupo religioso. 
Em países Islâmicos, homens e mulheres não podem expor partes do corpo consideradas íntimas - no caso das mulheres, o corpo inteiro com exceção das mãos e rosto e no caso dos homens, a parte entre o umbigo e os joelhos - as vestimentas seguem algumas regras: não podem ser transparentes nem ajustadas a ponto de delinear o corpo.

Mulher de burqa e homem de tarbash e túnica: trajes
típicos do Afeganistão.

Em países onde a religião majoritária não é o islamismo, como no Brasil, o traje muçulmano chega a ser considerado  um símbolo de opressão e machismo desmedido. Mas a finalidade do traje muçulmano é evitar o assédio sexual, amenizar as pressões naturais do desejo sexual entre os integrantes da comunidade muçulmana. Em relação ao traje feminino, além dos motivos mencionados,  tem a finalidade de valorizar as mulheres  pelas suas qualidades morais e intelectuais e não pelas qualidades físicas que se vão com o tempo;  proteger a mulher da vaidade excessiva e desmedida e promover a consideração pelas outras mulheres que não possuem grandes atributos físicos ou que perdeu parte desses atributos com a idade.

Muitos trajes típicos passaram a ser usados apenas em ocasiões especiais como é o caso do Kilt e do Kimono este último é a roupa tradicional japonesa, que após a Segunda Guerra Mundial foi substituído pelas roupas ocidentais em todas as camadas sociais. 
O kilt é uma espécie de saia até os joelhos, pregueada na parte de trás e dizem as más línguas é usado sem qualquer outra peça por baixo, ou seja sem calça, ceroulas ou cuecas! Esse  traje era típico dos homens da montanhas escocesas no sec. XVI. Atualmente, além da Escócia países como Irlanda e Inglaterra adotaram o kilt, mas só é usado ocasiões especiais.

Homens de Kilt

Hoje os trajes típicos são de grande utilidade para profissionais de moda, porque servem de inspiração para a criação de coleções e também para a criação de uniformes para funcionários de hotéis, companhias aéreas e restaurantes especializados em comidas típicas desses países.

 

 





 



O que dizem as roupas?

A comunicação humana nem sempre se deu pela linguagem falada e escrita. Pelas necessidades naturais o ser humano desenvolveu primeiramente uma comunicação não-verbal por meio de expressões faciais, gestos e sons guturais que se tornaram uma espécie de comunicação universal.

Com o surgimento da fala e posteriormente da escrita, passou-se a dar uma atenção exagerada às palavras, e as pessoas de forma geral dão bem pouca ou nenhuma importância à linguagem corporal.

Mas engana-se quem pensa que só a linguagem verbal transmite nossas emoções e sentimentos. Em relação a isso é bom ficarmos atentos a tudo que se refere ao nosso corpo. porque nós podemos até mentir, mas nosso corpo não!

A verdade é que nem sempre o que as pessoas dizem corresponde ao que estão pensando ou sentindo. Por conta disso, alguns políticos chegam a recorrer aos consultores de linguagem corporal para ajudá-los a criar uma imagem de sinceros e  honestos, principalmente quando não possuem essas qualidades.

Pra se ter uma idéia de sua importância, no mundo dos negócios, a linguagem corporal responde por 60 a 80% das mensagens transmitidas durante as negociações confirmando a tese de que a maioria das pessoas toma suas decisões finais mais pelo que se vê do que pelo que se ouve!

A expressão do rosto, o gestual e a forma como nos vestimos diz muito mais sobre nós mesmos do que talvez gostaríamos...

A roupa é capaz de expressar diversos ângulos da personalidade e refletir tanto desejos como conflitos internos! Ela pode dizer à que classe social pertencemos, qual a nossa "tribo" ou grupo religioso, se somos extrovertidos ou introvertidos. E ao mesmo tempo que reflete o desejo individual de diferenciar-se dos demais, as roupas também refletem a necessidade de adequar-se às normas do grupo social ou religioso à qual pertencemos.

Em países muçulmanos como o Egito, onde o recato e uma regra geral, vemos a necessidade que essas jovens sentem de diferenciar-se ao mesmo tempo que precisam adequar-se as regras sociais e religiosas.

Alguns grupos religiosos dão muita importância à linguagem das roupas e acreditam  que vestir-se com modéstia, sem ressaltar partes do corpo que estimulam desejo sexual, é forma de glorificar a Deus e promover saúde moral.

Vestido estilo vela-revela.

Querendo ou não, a textura , a cor e o tipo de roupas que usamos afeta diretamente a ação e a reação das pessoas sobre nós. Você pode não acreditar mas elas tem influência sobre os hormônios, a pressão sanguínea e até sobre a temperatura corporal de quem nos olha.

Vestido texturizado com miçangas.

Se você digitar as palavras "trajes sensuais" no buscador do google, provavelmente a maioria das roupas serão de cor preto, e não vermelha como a maioria deve ter imaginado. Isso porque o preto é a cor da sedução e denota um certo mistério sobre quem veste, aguçando a curiosidade alheia, sobretudo quando o modelo da roupa em questão for do estilo vela/revela... O vermelho está mais ligado ao poder, a coragem e a paixão.

Lady Gaga

Lady Gaga é uma dessas figuras públicas que chegam a chocar as pessoas com seus looks exóticos. Ela sabe exatamente do que a linguagem da roupa é capaz e faz isso com maestria para chamar a atenção das pessoas ao redor do mundo.

Conhecer a linguagem das roupas faz com que você tenha domínio sobre o que quer comunicar.
Dar mais atenção à nossa imagem pessoal e usar roupas que respeite  nossa personalidade, nosso tipo físico, e nosso espaço dentro grupo social e religioso, e um esforco que vale a pena.

Os Bastidores da Moda

O processo de fabricação de uma roupa e o trabalho de quem está nos bastidores não é tão simples como parece, então decidi escrever sobre todas as etapas do processo produtivo

• Criação e desenvolvimento do produto: é a primeira etapa do processo, participa dela o estilista, a modelista e a piloteira.

O estilista pesquisa tecidos, aviamentos e tem que estar antenado a  tudo que e tendência, ou seja, a tudo que começa a ganhar aceitação das pessoas: um estilo, um tecido, uma cor, etc. Com base nessas pesquisas ela faz o desenho de moda e também organiza a ficha técnica, que contém informações importantes para fins de cálculo de custo do produto e do processo de fabricação.

A modelista interpreta o desenho de moda e coloca o projeto no papel. 
A piloteira é uma costureira especializada, conhece e maneja todas as máquinas, por isso faz a peça piloto e define como a peça será costurada. A peça piloto serve pra identificar se o material utilizado é adequado ao modelo escolhido e se a modelagem apresenta defeitos, até mesmo se o modo de costurar é viável.

Se a peça não for aprovada, volta pra modelista que faz os acertos necessários no molde e se for o caso, substituem tecidos e materiais.  Uma peça piloto chega ser refeita até quatro vezes! Ou enquanto apresentar problemas.

Se a peça for aprovada, a modelista faz a ampliação e a redução do molde, contemplando todos os tamanho da grade (P, M,G,GG.../42, 44, 46...).

• Corte

O cortador recebe as orientações de corte através da ficha técnica que acompanha os moldes. A ficha contém dentre outras informações: nome do tecido, cor, quantidades de peças que devem ser cortadas por tamanho, cor e modelo. 

O cortador enfesta o tecido e encaixa os moldes de forma a minimizar perdas. 
Em grandes confecções há as enfestadeiras automáticas,  mas mesmo assim é preciso de um operador. 

Essa função muito importante e exige muita atenção porque um pequeno erro pode causar um grande prejuízo. Após cortadas, as peças são agrupadas por modelo, cor e tamanho, e segue para a costura. 

  

• Costura

As costureiras fecham as peças de acordo com a piloto. Esta função também é muito importante, é preciso prestar atenção à regulagem de ponto das máquinas, à possíveis vazamentos de óleo, etc. Uma máquina bem regulada contribui para melhorar a qualidade do produto final.

Depois que as peças são costuradas, a auxiliar de costura retira sobras de linha e verifica se a peça está realmente pronta. 

• Passadoria e Embalagem

As peças prontas são passadas com ferro à vapor enquanto uma auxiliar vai dobrando e embalando essas peças. As peças embaladas seguem para o estoque, e daí para as lojas.

Nas lojas, vão para as prateleiras e para as araras e ficam à sua espera.

Pra não dizer que não falei de flores.

Serviram de inspiração a grandes pintores, são cantandas em prosas e versos.

Pelos campos há fome

Em grandes plantações

Pelas ruas marchando

Indecisos cordões

Ainda fazem da flor 

Seu mais forte refrão 

E acreditam nas flores 

Vencendo o canhão.

( Geraldo Vandré) 

Suas cores expressam alegria, encantamento e romantismo. Em muitos eventos são indispensáveis: salões de festa, decoração de igrejas em dias de casamentos, missas comemorativas, escritórios, formaturas, etc.Talvez por isso nunca caem de moda.

Estão por toda parte onde há uma atividade humana: em papéis de paredes, nos jardins, nos adereços de cabelo,  nas estampas de tecido, nos tules e nos bordados. Pra não dizer que não falei de flores, hoje o assunto é sobre elas.

A simbologia das flores é das mais antigas do mundo. De acordo com a época e o lugar podem representar o amor, a beleza, a perfeição e até mesmo a morte

Na Grécia antiga a flor-de-lis, de cheiro acre e doce, quase erótico, era o símbolo dos amores proibidos.

Na Idade Média os noivos recebiam  ramos de ervas frescas com flores de laranjeiras pouco antes do casamento como símbolo de fidelidade e fecundidade, e para espantar mau olhado.  Dai surgiu a tradição dos buques florais usados pelas noivas no dia do casamento. 

Não se pode falar em bom gosto na decoração de interiores sem a presença harmoniosa dos arranjos florais, eles são hoje uma forma de arte e de expressão da beleza. 

Manter um ambiente decorado com flores naturais ainda é caro, mas nos dias de hoje não temos desculpa para não fazê-lo porque há muitas opções de arranjos de flores artificiais. Andre Luiz que o diga, as fotos que gentilmente me cedeu para esta postagem, provam que os arranjos artificiais não perdem em nada para os naturais, e no quesito economia e durabilidade são imbatíveis.
Andre Luiz é professor intinerante de artesanato, vai de cidade em cidade ensinando sua arte e surpreendendo as pessoas com coisas simples.
Desde o Japão antigo, os samurais se emprenhavam na confeccção de arranjos florais porque já se acreditava que isso aumenta a sensibilidade e capacidade de criar, e consequentemente aumentava suas habilidades na batalha.
Em seus cursos, André Luiz esteve em contato com pessoas em estado depressivo, e garante que o humor, a energia e a auto-estima dessas pessoas melhoram muito.

Alunas de André Luiz posam para foto exibindo seus trabalhos. 

Ele mesmo faz com paixão uma infinidade de trabalhos em flores artificiais: enfeites para bolos, porta-docinhos, adornos para festas e eventos, quadros, paineis em 3D, e o que mais a clientela exigir.

``Gosto do que faço, não existe nada mais gratificante do que  ver alguém dizer que não consegue, e no fim do curso ver trabalhos magníficos!´´

(Andre Luiz)

Aos que se sentiram tocado pela energia das flores e pelo trabalho de André Luiz, deixo aqui seus dados para contato.

(011) 95993-9415.